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Os índices de ações dos EUA subiram nesta quarta-feira, após o Federal Reserve tomar a decisão esperada de manter a taxa de juros inalterada, enquanto continua avaliando os impactos da política tarifária do governo Trump na economia e na inflação.
O Fed manteve a taxa de juros overnight na faixa de 4,25%-4,50%, reiterando sua previsão anterior de dois cortes de 0,25 ponto percentual ao longo do ano. A projeção está alinhada com as expectativas divulgadas há três meses. Além disso, o banco central destacou a desaceleração do crescimento econômico e a expectativa de alta na inflação.
A liderança do Fed não chegou a um consenso sobre os próximos passos, e o nível de incerteza segue alto, destacando a dificuldade de tomar decisões em um ambiente econômico instável. A principal dúvida continua sendo: como mitigar os efeitos da política comercial de Trump?
Outra decisão importante foi o anúncio do Fed de que reduzirá o ritmo de diminuição de seu balanço patrimonial, que continua volumoso. Esse movimento reflete dificuldades na avaliação da liquidez do mercado, agravadas pelo impasse político no Congresso dos EUA sobre o aumento do teto da dívida.
Apesar da manutenção da taxa atual, o mercado continua confiante de que haverá cortes em breve. Segundo a LSEG, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base em junho está estimada em 62,2%. Além disso, os investidores esperam pelo menos dois cortes semelhantes até o final do ano.
O mercado acionário reagiu positivamente às declarações do Fed, mas as dúvidas sobre a velocidade da desaceleração econômica e os próximos passos do banco central permanecem.
Os principais índices de ações dos EUA encerraram o dia com forte valorização, impulsionados pelas decisões do Fed:
Investidores interpretaram positivamente as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que afirmou ser cedo para avaliar o impacto das novas tarifas dos EUA na inflação. Powell enfatizou que ainda não é possível determinar com precisão como essas medidas afetarão o crescimento dos preços.
Enquanto isso, a União Europeia anunciou novas restrições às importações de aço, reduzindo as cotas de fornecimento em mais 15% a partir de abril. Essa medida busca proteger o mercado europeu contra um possível aumento da entrada de aço barato, que pode se intensificar após a adoção de novas tarifas pelos EUA. Essa decisão reflete o aumento das tensões no comércio global e a tendência para um protecionismo crescente.
As ações da Boeing (BA.N) foram um dos destaques da sessão, subindo 6,84%, após a empresa afirmar que as tarifas impostas não terão um impacto significativo no curto prazo. Esse otimismo impulsionou o sentimento positivo dos investidores, ajudando a fortalecer o clima geral do mercado.
Especialistas apontam que a direção do mercado dependerá fortemente das declarações de Donald Trump sobre barreiras comerciais, previstas para 2 de abril. Qualquer novo pronunciamento pode impactar a dinâmica dos índices acionários e definir o tom para os próximos acontecimentos no mercado.
A alta do mercado beneficiou todos os 11 setores do S&P 500, com destaque para o setor de bens de consumo discricionário (.SPLRCD), que avançou quase 2%. Esse movimento indica uma forte confiança dos investidores no consumo, mesmo com as incertezas econômicas atuais.
Assim, os mercados acionários seguem uma tendência positiva, impulsionados pelo posicionamento do Fed e pelo otimismo no setor corporativo. No entanto, as próximas declarações de Trump podem se tornar um gatilho para novas oscilações.
Nas últimas semanas, os mercados acionários dos EUA enfrentaram uma onda de vendas massivas, refletindo preocupações sobre uma possível desaceleração da economia e a queda na confiança do consumidor. Contudo, apesar da recente turbulência, os índices têm mostrado sinais de estabilização, registrando três altas nas últimas quatro sessões. Isso sugere que o mercado pode ter encontrado um ponto de suporte local.
Algumas grandes corporações, no entanto, estão revisando suas projeções financeiras para baixo. O caso mais recente foi a General Mills (GIS.N), dona da marca Pillsbury, que reduziu sua previsão de vendas anuais. Isso levou a uma queda de 2,05% em suas ações.
Analistas alertam que a revisão das projeções de lucros pode se tornar uma tendência, especialmente em meio à incerteza da política comercial dos EUA.
O índice de referência S&P 500 (.SPX) confirmou oficialmente que está em uma fase de correção, após acumular uma queda de 10% em relação aos seus máximos recentes. O Nasdaq (.IXIC), focado em tecnologia, apresentou dinâmica semelhante, tendo registrado uma correção já no dia 6 de março.
Enquanto isso, o Dow Jones, composto por ações das maiores empresas dos EUA, tem mostrado maior resistência, permanecendo apenas 3% abaixo do nível de correção.
Em tempos de instabilidade, a demanda por ativos de refúgio cresce, e o ouro tem se destacado nesse cenário. Nesta quinta-feira, o metal precioso atingiu novas máximas históricas, impulsionado pelos sinais do Federal Reserve sobre um possível corte duplo na taxa de juros ainda este ano. Esse fator aumentou a atratividade do ouro como proteção contra a incerteza econômica e geopolítica.
Às 07:00 GMT, o ouro à vista era negociado a US$ 3.047,10 por onça, mantendo-se estável após atingir um novo recorde de US$ 3.057,21 no início da sessão.
Os mercados continuam enfrentando desafios para equilibrar preocupações econômicas com expectativas de suporte do Federal Reserve. Os investidores seguem atentos aos resultados corporativos e novos dados econômicos, que podem influenciar a direção dos índices acionários e do mercado de commodities.
Os metais preciosos continuam apresentando fortes ganhos, com os futuros do ouro nos EUA subindo 0,4%, para US$ 3.054,10 por onça. O apetite dos investidores pelo ativo segue em crescimento, visto como um método seguro de preservação de capital em tempos de incerteza.
O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que as tarifas comerciais impostas por Donald Trump resultaram em uma desaceleração do crescimento econômico e um aumento da inflação, embora temporário.
A introdução de novas tarifas elevou o custo das importações, contribuindo para uma aceleração inflacionária e aumento dos preços de bens de consumo.
Economistas alertam que as barreiras comerciais impostas por Washington podem prejudicar as perspectivas de longo prazo da economia dos EUA. O agravamento das tensões comerciais é visto como um fator negativo para empresas e investidores, podendo afetar decisões de investimentos e a confiança no mercado.
Além do ouro, outros metais também apresentaram desempenho misto.
Os futuros do petróleo Brent caíram em relação aos swaps de Dubai pela primeira vez desde novembro de 2023, mostram novos dados da LSEG, destacando a crescente influência dos petróleos brutos com alto teor de enxofre do Oriente Médio sobre os petróleos brutos doces tradicionalmente mais caros, que contêm menos impurezas.
De acordo com um relatório publicado na quarta-feira, a diferença entre os futuros do Brent e os swaps de Dubai era de menos 2 centavos de dólar por barril no fechamento das negociações às 04:30 GMT. Entretanto, no final do dia, o desconto havia aumentado para 14 centavos, confirmando uma mudança no equilíbrio entre oferta e demanda.
Especialistas apontam que o aumento da demanda pelo petróleo de Dubai se deve à compra ativa por grandes tradings, o que está fortalecendo o benchmark regional.
"Estamos vendo um interesse sustentado no petróleo do Oriente Médio por parte dos principais players do mercado, o que está impulsionando os preços," afirmou Harry Chilligourian, chefe de pesquisa do Onyx Capital Group.
Já a situação do Brent é diferente: a demanda segue fraca, uma vez que as refinarias europeias ainda não concluíram suas manutenções sazonais e as margens de refino no Noroeste da Europa permanecem baixas. Isso reduz a atratividade da compra de petróleo mais leve e caro.
Outro fator que tem pressionado o Brent foi o acordo inesperado entre a Rússia e os Estados Unidos. Moscou aceitou a proposta de Donald Trump para suspender temporariamente ataques à infraestrutura energética no conflito com a Ucrânia.
Essa decisão pode facilitar a exportação do petróleo russo, aumentando potencialmente sua oferta no mercado global. Se o fluxo de petróleo russo realmente crescer, isso intensificará a concorrência entre fornecedores e poderá reduzir ainda mais as cotações do Brent.
A dinâmica do mercado de petróleo continua volátil. Enquanto a demanda por variedades do Oriente Médio está se fortalecendo, o Brent enfrenta desafios de curto prazo, incluindo:
Os investidores continuam acompanhando de perto os desdobramentos, pois qualquer mudança nos fluxos comerciais pode impactar significativamente os movimentos futuros dos preços.
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